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A vida é não linear. E disso muita gente sabe, mas poucos lidam bem...

  • Foto do escritor: Bárbara Biana
    Bárbara Biana
  • 28 de out.
  • 2 min de leitura

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Fui repor vitamina. Tinha passado do prazo, e fui instruída a voltar ao médico e providenciar uma nova receita.

Pensei que em alguma outra farmácia alguém iria entender que os 4 dias de atraso foram de uma cólica terrível, e não por descuido. Fui à farmácia ao lado, e não tinha farmacêutico no momento.

Em seguida, o roteiro passou a ficar menos linear do que já estava. Eis que a chave para destrancar a bicicleta não girava de jeito nenhum. Estava embaixo de chuva, e não tinha força e nem “jeitinho” que resolvessem. 


Logo vi que não conseguiria resolver isso sozinha, pedi a ajuda de um rapaz, que tentou, tentou e nada! Ele me disse: — Ihhh, isso aqui só com desengripante.

Por sorte(será sorte?), literalmente, ao lado da farmácia havia uma oficina mecânica.

Já te adianto aqui que chegamos no ponto que deu tudo certo: consegui o desengripante, mexi no miolo, a chave girou, destranquei o cadeado, e segui livre em busca de uma nova farmácia. 

Na farmácia seguinte, descobri que já nem existia mais. E finalmente, quando cheguei na quarta farmácia, deu certo!Fui atendida, entendida, e a profissional foi super cuidadosa.


E essa história, para mim, não é sobre prazos, atendimentos e nem farmácias.


É sobre esses pequenos percalços que acontecem na nossa vida o tempo todo. Quando a gente perde o ônibus; o pneu fura; o carro dá problema; quando um imprevisto atravessa o nosso caminho.

E também é sobre os percalços nos grandes projetos que almejamos, quando nos damos conta que parte(às vezes grande parte) da vida que sonhamos, ainda não se realizou.

Ontem, o que era só uma reposição de vitamina se tornou um banho de chuva, pedidos de ajuda, e um tour por quatro farmácias.

Há algum tempo, eu teria tratado isso com reclamação e insatisfação.

Dessa vez, só pensei:

 “Que bom que apareceu alguém para me ajudar.”

 “Que bom que tinha uma oficina ao lado.”

“Que bom que a farmacêutica me acolheu.” 

“Que bom que todos os problemas tinham solução rápidas”

E, desde então, reflito

Como posso levar esse mesmo olhar para os grandes problemas da minha vida?


  • Devo pedir mais ajuda? 

  • Ouvir mais conselhos de quem sabe?

  • Tomar mais iniciativas?

  • Buscar novas possibilidades? 

  • Continuar tentando?


A vida prova diariamente que muita coisa não será exatamente como idealizamos. Que o plano não vai acontecer em linha reta: vai ter subida, descida, vai andar em círculos, vai ter passo para trás, para baixo, para cima, para frente. Vai ter perrengue, atraso, desespero, desistência, fins e novos começos.


Por aí, como tem sido lidar com as intempéries e a não linearidade da sua vida?


 
 
 

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