Acredita em final feliz?
- Bárbara Biana
- 15 de out. de 2024
- 1 min de leitura

Uma coisa muito importante que a terapia me trouxe foi a permissão de ficar triste, com raiva, chateada. Mas, ao mesmo tempo, uma coisa que me tirou foi o estado de felicidade. Às vezes, eu pensava: "Como posso estar feliz, se ainda tenho problemas para resolver?".
Eu dizia para mim mesma que devia me concentrar em entender e resolver esses problemas, e aí sim estaria liberada para ser feliz. Esses problemas eram resolvidos, eu me permitia estar feliz, mas logo em seguida surgiam novos.
Que show da Xuxa é esse?
E lá ia eu voltar para a mesma roda: "Tá feliz por quê? Vai resolver os problemas primeiro!"
Até que me vi repetindo constantemente que, no passado, eu era feliz, que a vida era mais fácil antes, que o autoconhecimento é um saco, que olhar para si mesma dá muito trabalho, que está tudo muito chato atualmente, que o mundo é isso, que as pessoas aquilo.
E nessa maré de reclamações, me dei conta de que, na verdade, eu não estava me permitindo ser feliz, que estava privando meus momentos de felicidade porque ainda tinha problemas para resolver, que estava esperando pelo "final feliz", enquanto ignorava a felicidade no caminho.
Hoje mesmo me vi pensando: "Tô tão feliz! Tenho motivo para isso?". Ainda é um desafio me permitir apenas estar feliz, como se fosse errado me sentir bem em meio a coisas ainda não resolvidas.
Mas vamos lá! Entre permissões e concessões, muito além de um final feliz, acredito em um meio feliz. E você?
Beijos,
Babi :)




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